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23-02-2005

Anália Rosa uma das melhores atletas portuguesas


Atletismo

Actualmente uma das melhores atletas nacionais, Anália Rosa, residente no Passadouro, integrou recentemente a Selecção Nacional, que se sagrou Campeã da Europa de Corta-Mato, que teve lugar em Heringsdorf, na Alemanha, no passado mês de Dezembro.

Nascida nesta, que é uma região tradicionalmente muito fértil em atletas de primeira linha, Anália Rosa confirma que está aí uma nova vaga de jovens talentos nos nossos clubes.

Com um vasto currículo, a atleta bairradina, que representa actualmente a conceituada equipa do Maratona Clube de Portugal, falou também sobre a situação actual dos mesmos, tendo deixado ainda uma mensagem aos jovens atletas.

“Sou muito exigente nos treinos”

Com que idade se iniciou no atletismo?

Aos 10 anos, na ADERCUS.

Como surgiu esse interesse pela modalidade?

Foi uma brincadeira das minhas colegas que já praticavam. Desafiaram-me para ir aos treinos, e, um dia, fui. Fui logo a uma prova no fim-de-semana a seguir, que, por acaso, até foi lá na Serena.

Como define a sua personalidade?

Um bocado teimosa. Sou muito exigente em relação aos treinos. Por exemplo, se um treino específico não me corre bem, ninguém pode estar ao pé de mim. Fico muito chateada.

Considera-se materialista?

Materialista quanto baste. Se não fosse, não me tinha tornado atleta profissional. Todos os que andam no desporto profissional são materialistas, uma vez que ninguém poderia fazer tantos sacrifícios, se não fosse pelo aspecto material. Seguiria apenas como amadora.

Falou-se da sua ida para o Sporting. Por que optou pelo Maratona C.P.?

O Maratona enquadra-se mais na minha área (estrada e corta-mato). Para além disso, as condições são melhores.

Quais as perspectivas para o futuro?

Prefiro sempre não fazer muitas, porque uma lesão ou alguma outra contrariedade pode deitar tudo a perder. Só costumo planear as coisas de meia em meia época. As minhas principais perspectivas são as de continuar a evoluir.

“Não há apoios”

Tem uma forte ligação actual com a ADERCUS, tendo passado também pela ADREP. Gostaria de terminar a carreira num dos dois clubes do nosso concelho?

Sempre disse que gostava de terminar a carreira na ADERCUS, porque foi onde comecei, e gostava de o fazer ainda enquanto atleta de topo. O problema é que, agora e nos próximos anos isso não se afigura fácil, pelo facto desta ser a minha profissão e os clubes da região não podem comportar os custos de ter atletas profissionais. Não têm apoios.

Na sua opinião, qual é a razão para haver na região tantos atletas de reconhecido valor, quando afinal nem há uma quantidade de clubes tão grande?

Precisamente, por talvez haver poucos clubes é que eles se destacam mais. Deve-se também à dedicação dos treinadores. Se tivéssemos mais clubes, numa região como a nossa, teríamos certamente muitos mais grandes atletas.

Qual é a razão para não termos aqui uma grande equipa de nível nacional, quando, afinal, as equipas da nossa região sempre formaram grandes atletas?

Não há apoios, logo, as equipas não têm capacidade para segurar os atletas. Esta é a nossa profissão, como tal não podemos correr só por amor à camisola.

“Ser muito fortes psicologicamente”

Como vê o actual momento dos clubes da nossa região?

Estão muito bem. A ADERCUS tem atletas que podem vir a ser melhores do que eu. Embora não esteja muito dentro da realidade da ADREP, saliento que já teve uma equipa três vezes campeã nacional de corta-mato e espero que as jovens atletas que lá estão agora a ser formadas cheguem também ao topo.

Acha que é possível as nossas equipas manterem as jovens valores que se tem visto agora a despontar?

Gostava muito que sim, mas neste momento como há muito poucos apoios, as equipas não conseguem segurar as atletas. Quando se quer ser profissional, chega a uma altura em que não se pode pensar com o coração.

Ao nível de infra-estruturas, na região há as condições ideais para o bom desenvolvimento da modalidade?

Para meio-fundo, temos condições muito boas. Temos uma pista, que embora sem tartan vai servindo, temos ainda boas matas.

Que mensagem gostaria de passar aos jovens que estão a iniciar, agora, o seu percurso na modalidade?

Acima de tudo, que tenham coragem para encarar as suas opções. Há muitas coisas que temos de abdicar. Ou uma pessoa leva as coisas a sério, ou então não chega a lado nenhum. Para além das qualidades físicas, temos de ser muito fortes psicologicamente, porque, se descarrilamos um dia e vamos para noitadas ou nos baldamos a um treino, depois, é uma cadeia que se vai seguir. Atrás de um erro, vem logo outro.

Renato Duarte

B.I.

Nome: Anália de Oliveira Rosa
Idade: 28 anos
Naturalidade: Troviscal
Residência: Passadouro
Altura: 1,66m
Peso: 49 kg
Clubes que já representou: ADERCUS, ADREP, Boavista, Pasteleira, SC Braga e Maratona CP
Tempos livres: Pintura em tecido e dou um passeio com os cães
Melhor treinador: Ricardo Esteves
Melhor atleta português de sempre: Carlos Lopes
Melhor atleta português da actualidade: Rui Silva

Títulos:

Campeã Nacional de Júnior de Corta-Mato
Tri-Campeã Nacional de Corta-Mato Curto
Campeã Nacional de Corta-Mato Longo
Campeã Mundial Universitária de Corta-Mato;
Campeã Mundial de Corta-Mato Curto Colectivamente;
Tri-Campeã da Europa de Corta-Mato Curto Colectivamente;
Campeã Ibero-Americana de 3000m Obstáculos.


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